Censura, não. Direitos humanos, sim

Por Redação Oxarope
14/04/2024

Publicado em

WhatsApp-Image-2024-04-14-at-13.33.46

O recente embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk reacendeu um debate crucial: o papel das redes sociais em nossa sociedade. É fundamental analisarmos essa questão com seriedade e sem paixões partidárias, reconhecendo a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a responsabilidade com o bem-estar social. Na minha opinião, Moraes apenas cumpre o papel que lhe é atribuído, de defender a nossa Constituição.

As investidas e factóides de Musk contra ele e o presidente da República são inaceitáveis e representam um ataque direto às instituições democráticas brasileiras. Tais ações visam desviar o foco de temas relevantes e promover a desinformação, colocando em risco a paz social e a própria estrutura da nossa democracia.

As redes sociais, ferramentas com imenso potencial para conectar pessoas e compartilhar informações, têm sido utilizadas de forma perversa por muitos. A disseminação de ódio, mentiras e conteúdo prejudicial tornou-se rotina, causando danos à reputação de indivíduos, famílias e instituições.

O debate sobre as redes sociais não deve se resumir a uma disputa entre lados políticos. O foco precisa estar no conteúdo veiculado nessas plataformas e no impacto que ele gera na sociedade. É fundamental buscar soluções que promovam a responsabilidade e o respeito à vida.

Chamar de censura a criação de um regramento que humanize as redes é superficial e ignora a realidade. O que defendo é a necessidade urgente de diretrizes claras e eficazes para combater crimes de ódio, discriminação, pedofilia e outros conteúdos nocivos. Uma sociedade sem leis e sem ordem nas redes sociais é um ambiente propício para a proliferação de violência e danos à democracia.

A Europa já trilhou um caminho importante ao implementar regras para as grandes empresas de tecnologia, obrigando-as a cumprir normas que protegem os usuários e a sociedade. O Brasil não pode se furtar a essa responsabilidade.

O bom PL 2630 foi sepultado. Isso é fato. Porém, em vez de chorar o leite derramado, as pessoas que querem o bem do Brasil devem exigir do Congresso Nacional a retomada de um debate sério sobre a questão das plataformas digitais, sem se prender a ideologias ou agendas partidárias. A vida de todos nós está em jogo, e a inação só agravará os problemas.

Encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a responsabilidade com o bem-estar social nas redes sociais é um desafio complexo, mas não impossível. Por intermédio de um diálogo aberto, honesto e construtivo, podemos construir um futuro digital mais saudável, democrático e seguro para todos.

Em 2023, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) deu um passo crucial na luta contra a desinformação e o discurso de ódio online: a apresentação de um plano global para humanizar as redes sociais. Essa iniciativa, fruto de um amplo processo de consulta que reuniu contribuições de 134 países, demonstra a crescente preocupação com os impactos negativos da desinformação na sociedade.

O plano da Unesco apresenta sete princípios que norteiam as ações a serem tomadas. São lastreados na defesa dos direitos humanos e fazem parte da compreensão de que a selvageria nas redes impede a manutenção de uma sociedade virtuosa.

1. Envolvimento Multissetorial: Governos, sociedade civil, empresas de tecnologia e academia devem trabalhar juntos para combater a desinformação.

2. Transparência Algorítmica: Maior clareza sobre como os algoritmos das redes sociais funcionam é fundamental para garantir a imparcialidade e a justiça.

3. Empoderamento dos Usuários:

Ferramentas e recursos devem ser disponibilizados para que os usuários possam identificar e denunciar conteúdos falsos ou enganosos.

4. Educação para a Mídia:

É crucial promover a educação midiática para que as pessoas desenvolvam habilidades críticas para avaliar a confiabilidade das informações online.

5. Investigação e Inovação: Apoiar pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para combater a desinformação e o discurso de ódio.

6. Cooperação Internacional: Compartilhamento de boas práticas e colaboração entre diferentes países para combater a desinformação em escala global.

7. Proteção dos Direitos Humanos: Todas as ações devem ser realizadas de forma a garantir o respeito aos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e o acesso à informação.

Pretendemos um mundo melhor, menos violento, mais solidário e democrático. No entanto, o horizonte dessa realidade desejada será apenas uma possibilidade enquanto as redes sociais continuarem sendo uma terra de ninguém.

André Curvello  –  Secretário de Comunicação da Bahia

1678540344banner-970x90-bello.png

Mais recentes

Certidão de quitação eleitoral pode ser emitida pela internet ou pelo e-Título

Eleitoras e eleitores que precisam da Certidão de Quitação Eleitoral podem obtê-la sem sair de casa. É possível acessar…

Governador Jerônimo Rodrigues fala sobre chuvas que atingiram a Bahia

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, detalhou na manhã desta segunda-feira (13) as ações do governo para…

Senado elegerá novo presidente no dia 1º de fevereiro

O Senado Federal realizará no sábado, 1º de fevereiro, a eleição do novo presidente da Casa e…

Durante encontro com prefeito de Maracás, Jerônimo entrega ambulância e barracas de feira livre para a cidade

O governador Jerônimo Rodrigues se reuniu, neste sábado (11), com o prefeito eleito de Maracás, Nelson Portela,…

Prefeito Robério visita Policlínica Municipal, desativada pela gestão anterior

Nesta quinta-feira (09), o prefeito Robério Oliveira, acompanhado da secretária de Saúde, Lívia Souza, e do secretário…

Censura, não. Direitos humanos, sim

Por Redação Oxarope
14/04/2024 - 13h36 - Atualizado 14 de abril de 2024

Publicado em

WhatsApp-Image-2024-04-14-at-13.33.46

O recente embate entre o ministro Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk reacendeu um debate crucial: o papel das redes sociais em nossa sociedade. É fundamental analisarmos essa questão com seriedade e sem paixões partidárias, reconhecendo a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a responsabilidade com o bem-estar social. Na minha opinião, Moraes apenas cumpre o papel que lhe é atribuído, de defender a nossa Constituição.

As investidas e factóides de Musk contra ele e o presidente da República são inaceitáveis e representam um ataque direto às instituições democráticas brasileiras. Tais ações visam desviar o foco de temas relevantes e promover a desinformação, colocando em risco a paz social e a própria estrutura da nossa democracia.

As redes sociais, ferramentas com imenso potencial para conectar pessoas e compartilhar informações, têm sido utilizadas de forma perversa por muitos. A disseminação de ódio, mentiras e conteúdo prejudicial tornou-se rotina, causando danos à reputação de indivíduos, famílias e instituições.

O debate sobre as redes sociais não deve se resumir a uma disputa entre lados políticos. O foco precisa estar no conteúdo veiculado nessas plataformas e no impacto que ele gera na sociedade. É fundamental buscar soluções que promovam a responsabilidade e o respeito à vida.

Chamar de censura a criação de um regramento que humanize as redes é superficial e ignora a realidade. O que defendo é a necessidade urgente de diretrizes claras e eficazes para combater crimes de ódio, discriminação, pedofilia e outros conteúdos nocivos. Uma sociedade sem leis e sem ordem nas redes sociais é um ambiente propício para a proliferação de violência e danos à democracia.

A Europa já trilhou um caminho importante ao implementar regras para as grandes empresas de tecnologia, obrigando-as a cumprir normas que protegem os usuários e a sociedade. O Brasil não pode se furtar a essa responsabilidade.

O bom PL 2630 foi sepultado. Isso é fato. Porém, em vez de chorar o leite derramado, as pessoas que querem o bem do Brasil devem exigir do Congresso Nacional a retomada de um debate sério sobre a questão das plataformas digitais, sem se prender a ideologias ou agendas partidárias. A vida de todos nós está em jogo, e a inação só agravará os problemas.

Encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a responsabilidade com o bem-estar social nas redes sociais é um desafio complexo, mas não impossível. Por intermédio de um diálogo aberto, honesto e construtivo, podemos construir um futuro digital mais saudável, democrático e seguro para todos.

Em 2023, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) deu um passo crucial na luta contra a desinformação e o discurso de ódio online: a apresentação de um plano global para humanizar as redes sociais. Essa iniciativa, fruto de um amplo processo de consulta que reuniu contribuições de 134 países, demonstra a crescente preocupação com os impactos negativos da desinformação na sociedade.

O plano da Unesco apresenta sete princípios que norteiam as ações a serem tomadas. São lastreados na defesa dos direitos humanos e fazem parte da compreensão de que a selvageria nas redes impede a manutenção de uma sociedade virtuosa.

1. Envolvimento Multissetorial: Governos, sociedade civil, empresas de tecnologia e academia devem trabalhar juntos para combater a desinformação.

2. Transparência Algorítmica: Maior clareza sobre como os algoritmos das redes sociais funcionam é fundamental para garantir a imparcialidade e a justiça.

3. Empoderamento dos Usuários:

Ferramentas e recursos devem ser disponibilizados para que os usuários possam identificar e denunciar conteúdos falsos ou enganosos.

4. Educação para a Mídia:

É crucial promover a educação midiática para que as pessoas desenvolvam habilidades críticas para avaliar a confiabilidade das informações online.

5. Investigação e Inovação: Apoiar pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para combater a desinformação e o discurso de ódio.

6. Cooperação Internacional: Compartilhamento de boas práticas e colaboração entre diferentes países para combater a desinformação em escala global.

7. Proteção dos Direitos Humanos: Todas as ações devem ser realizadas de forma a garantir o respeito aos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e o acesso à informação.

Pretendemos um mundo melhor, menos violento, mais solidário e democrático. No entanto, o horizonte dessa realidade desejada será apenas uma possibilidade enquanto as redes sociais continuarem sendo uma terra de ninguém.

André Curvello  –  Secretário de Comunicação da Bahia

1

Mais recentes

Certidão de quitação eleitoral pode ser emitida pela internet ou pelo e-Título

Eleitoras e eleitores que precisam da Certidão de Quitação Eleitoral podem obtê-la sem sair de casa. É possível acessar o documento no Autoatendimento Eleitoral e também no aplicativo e-Título, que…

Governador Jerônimo Rodrigues fala sobre chuvas que atingiram a Bahia

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, detalhou na manhã desta segunda-feira (13) as ações do governo para socorrer os municípios atingidos pelas fortes chuvas que…

Senado elegerá novo presidente no dia 1º de fevereiro

O Senado Federal realizará no sábado, 1º de fevereiro, a eleição do novo presidente da Casa e dos demais membros da Mesa Diretora para a…

Durante encontro com prefeito de Maracás, Jerônimo entrega ambulância e barracas de feira livre para a cidade

O governador Jerônimo Rodrigues se reuniu, neste sábado (11), com o prefeito eleito de Maracás, Nelson Portela, para discutir as principais necessidades e desafios enfrentados…

Prefeito Robério visita Policlínica Municipal, desativada pela gestão anterior

Nesta quinta-feira (09), o prefeito Robério Oliveira, acompanhado da secretária de Saúde, Lívia Souza, e do secretário de Governo, Lourêncio Oliveira, visitou a Policlínica Municipal…

Presidente edita decreto que cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Brasília (DF) – Em um gesto de celebração à democracia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (08/01) o decreto que institui…

Presidente participa da entrega de obras restauradas e ato simbólico pela democracia

Nesta quarta-feira (08/01), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de eventos marcando os dois anos dos ataques às sedes dos Três Poderes em…

Bahia registra menor número de mortes violentas em 17 anos

A Segurança Pública da Bahia inicia o ano de 2025 com o menor registro de mortes violentas dos últimos 17 anos. A redução, atribuída ao…

Luizinho, prefeito de Itagimirim, é eleito presidente do CONDESC para o biênio 2025-2026

Recém empossado para seu segundo mandato como prefeito, Luizinho (MDB) conquistou na manhã desta terça-feira (7) um novo marco em sua carreira política: a presidência…

TRE-BA retoma expediente em todo o estado nesta terça (7/1)

Com o fim do Recesso do Judiciário, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) retoma as suas atividades nesta terça-feira (7/1), em Salvador e nos…

Governo prevê maior entrega de aeroportos dos últimos 10 anos em 2025

O Governo Federal atua para impulsionar a infraestrutura aeroportuária. Para 2025, a previsão é de que mais de 30 aeroportos, entre novos empreendimentos e requalificações,…

PT Bahia repudia atos racistas: “Racismo não aumentou, apenas passou a ser filmado”

A Secretaria de Combate ao Racismo do Partido dos Trabalhadores da Bahia repudiou o ato racista cometido pela então gerente de um hospital de Salvador,…

Prefeito de Eunápolis anuncia novos secretários para gestão 2025

O prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira (PSD), apresentou na manhã desta sexta-feira (3) os nomes que compõem o secretariado municipal para sua nova gestão. O…

Prefeito Isan Botelho tomou posse em Itapebi e promete gestão histórica

Na noite desta quarta-feira (1º), o Centro Cultural Maria Rogéria, em Itapebi, recebeu a posse do prefeito Isan Botelho, do vice-prefeito Mazinho e dos 9…

Jânio Natal tomou posse como prefeito de Porto Seguro em cerimônia no Centro de Cultura

Nesta quarta-feira, 1° de janeiro, o Centro de Cultura de Porto Seguro recebeu a cerimônia de posse do prefeito Jânio Natal, do vice-prefeito Paulinho e…

Rolar para cima