Na arena política do nosso país, onde a verdade e a ficção se misturam como numa novela Gilberto Braga, o Congresso Nacional, Câmara e do Senado decidiu, numa vibe controversa, manter o veto do ex-presidente, Bolsonaro aos crimes tipo fake news em eleições. Aquela parada que estava no Projeto de Lei 2462/91 e que pretendia dar um upgrade no Código Penal tirando a Lei de Segurança Nacional do jogo.
Essa mancada de manter o veto é tipo um prato cheio pros candidatos fake, que vivem nesse limbo entre o real e o fictício, plantando histórias malucas entre o pessoal das votações e tal, sabendo que não tão jogando sério mesmo.
Bora pra cena em Eunápolis, onde o Robério Oliveira é o protagonista da vez. Convencido que a prefeitura já é dele por direito divino, Robério não desgruda descarta essa jogada. Mesmo com o TSE pisando no calo barrando a sua candidatura, a fábrica de fake news continua a todo vapor entre a turma que o apoia fielmente.
Tá na cara do Robério não vão pedi arrego, e como uma boa dramaturgia. A sua filha, mudou de “residência eleitoral” ano passado, sinalizando um “plano B” gigante que pode mudar todo o enredo da história. Em quanto isso o protagonista Robério é visto em Eunápolis nos eventos, fazendo um som no triângulo, dançando ou comendo bode, nem parece um candidato de verdade que está discutindo ideias pro futuro, uma verdadeira cena do não vale apena ver de novo.
Já com o outro inelegível lembra as cenas do filme “Dejà vu”. O Primeiro-cavalheiro, Paulo Dapé, marido da atual prefeita, fez campanha em 2008, como se não houvesse amanhã pra depois gritar que o TRE “roubou” os votos dele. Mas na real, o cara já estava impedido desde o início. Porem o seu “remake” foi um fracasso de público, pela primeira vez “A Bela e a fera” não terá um final feliz.
Nas esquinas estão até o chamando Robério, carinhosamente de “a viúva Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido”. E é assim que segue a tragicomédia noveleira da política de Eunápolis, cheia de personagens esquisitos e enredos tão previsíveis quanto uma reprise de novelas sem sucesso. No final das contas, quem sempre sobra são os telespectadores o público alvo o eleitorado, o eterno coadjuvante nesse teatro do absurdo da política Eunapolitana.