O setor empresarial da Bahia alcançou, em 2022, um marco histórico: o maior número de unidades locais empregadoras desde o início da série do IBGE em 2015. Este resultado reflete o saldo positivo entre nascimentos e encerramentos de empresas no estado, impulsionado por uma alta taxa de natalidade e redução significativa na mortalidade empresarial.
Crescimento sólido e destaque nacional
Em 2022, 22.650 novas unidades empregadoras foram criadas na Bahia, marcando um crescimento de 15,6% na taxa de natalidade, superior à média nacional de 15,1%. Esse foi o maior número de nascimentos já registrado no estado. Por outro lado, o número de empresas que fecharam as portas (12.189) foi o menor da série histórica, com uma taxa de mortalidade de 9,4%, também abaixo do registrado no ano anterior (11%).
Esse saldo positivo resultou em um crescimento de 7,7% no total de unidades empregadoras, que chegou a 145.133. Esse avanço reflete não apenas a recuperação econômica pós-pandemia, mas também o fortalecimento de setores como construção civil, que registrou a maior taxa de natalidade (24,3%), e o comércio, responsável por quase metade das novas empresas (47,8%).
Empresas de alto crescimento: desafio e potencial
O número de empresas de alto crescimento, que são cruciais para geração de empregos, também aumentou significativamente (+32,8%) no estado. Em 2022, havia 7.526 empresas desse tipo na Bahia, um recorde na série histórica. Contudo, essas unidades ainda representam apenas 5,2% do total, uma das menores proporções do país.
Desafios para a sobrevivência empresarial
Apesar dos avanços, a longevidade das empresas na Bahia continua baixa. Entre as unidades criadas em 2017, somente 37,5% sobreviveram após cinco anos, resultado inferior à média nacional (37,9%). Isso destaca a necessidade de políticas públicas voltadas à sustentação de negócios, especialmente nos primeiros anos de operação.
Perspectivas para o futuro
Os resultados de 2022 refletem um ambiente de negócios em recuperação, com desafios e oportunidades. O crescimento consistente, aliado à redução de mortalidade, indica um caminho promissor para o setor empresarial baiano, mas reforça a necessidade de apoio contínuo para garantir a sustentabilidade e o avanço das empresas no estado.