O Censo 2022 trouxe dados que reforçam uma característica marcante dos baianos: a predominância de domicílios próprios. Contudo, a tendência de crescimento dos imóveis residenciais chama atenção, especialmente em Salvador. Vamos explorar o que isso significa e como esses números refletem as condições de vida na Bahia.
A Bahia de imóveis próprios
A maioria esmagadora da população baiana (79,7%) vive em imóveis próprios, superando a média nacional (71,3%). Destes, 74,6% já estão quitados, enquanto 5,1% ainda estão sendo financiados.
Cidades como Ibitiara, Guajeru e Ipecaetá se destacam por terem mais de 94% de seus moradores em imóveis próprios. Por outro lado, Salvador registra um percentual menor, com 75,4% dos habitantes nessa condição.
Aluguéis em alta histórica
Embora o número de imóveis próprios seja elevado, o aluguel vem ganhando espaço. Desde 2010, a proporção de domínios disponíveis na Bahia cresceu de 13,5% para 15,9%, alcançando o maior patamar em 42 anos.
Em Salvador, a situação é ainda mais marcante: 21,4% dos imóveis são proprietários, quase o dobro do registrado em 2000 (12,2%).
Conforto e acesso à Internet: os desafios baianos
Apenas 34,8% dos baianos vivem em residências com máquina de lavar roupa, colocando o estado entre os três com menor proporção no Brasil. O acesso à Internet é mais comum (85,1%), mas ainda abaixo da mídia nacional (89,4%).
Em Salvador, 61,2% das pessoas têm máquina de lavar, enquanto 91,3% têm Internet em casa. Apesar dos avanços, esses índices ainda deixam a capital atrás de outras grandes cidades.
Condições de moradia e densidade
Cerca de 16,6% dos baianos vivem em residências com mais de dois moradores por dormitório, indicador que reflete a densidade habitacional. Esse número é inferior à média nacional (18%), mas ainda sinaliza um desafio para melhorar as condições de habitação no estado.
A Bahia equilibra características tradicionais, como a alta taxa de imóveis próprios, com as tendências modernas, como o aumento de aluguéis e o acesso à Internet. O desafio agora é melhorar as condições de vida, oferecendo maior conforto e conectividade para a população.