A divulgação do resultado preliminar em aplicativos de mensagens hoje, (5/12), do Vestibular Unificado de Medicina Cogna 2025.1 revelou um dado curioso: a atual prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres, figura entre os candidatos que obtiveram pontuação significativa. Embora sua nota não garanta, de imediato, sua aprovação, a simples candidatura abre espaço para questionamentos sobre sua trajetória como gestora pública e suas possíveis aspirações na área da saúde.
A Gestão e os paralelos com a medicina
Como prefeita, Cordélia Torres enfrentou críticas em relação à administração de áreas fundamentais como saúde, educação e infraestrutura. Se a medicina exige precisão, dedicação e empatia para cuidar de vidas, a gestão pública não é muito diferente em seus pilares. Assim como um médico deve diagnosticar e tratar problemas com rapidez, uma prefeita deve identificar as necessidades do município e agir de forma eficaz para atender sua população.
Entretanto, o histórico de sua gestão sugere uma administração marcada por decisões questionáveis, falta de diálogo com a comunidade e desafios na entrega de resultados esperados. Será que a prefeita conseguiria transpor esses desafios para um ambiente tão técnico e exigente como o da medicina?
O futuro e a contradição
Cordélia Torres pode aspirar a ser uma médica, mas os números relacionados à saúde pública de Eunápolis durante sua gestão talvez tragam um contraponto. Enquanto prefeita, muitos relatos de falhas no atendimento básico e na infraestrutura hospitalar marcaram seu mandato. Como médica, espera-se que o zelo pela vida e pelo bem-estar dos pacientes seja absoluto. Porém, o que a experiência na gestão nos revela é que empatia e eficiência ainda foram pontos frágeis em sua liderança.
A entrada na medicina pode representar um desejo de renovação pessoal, mas também traz consigo a responsabilidade de mostrar, no futuro, um comprometimento maior do que foi demonstrado enquanto ocupava o cargo máximo da prefeitura de Eunápolis.
Reflexão final
Cordélia Torres, ao buscar um novo caminho, nos desafia a refletir sobre o papel de líderes e sua capacidade de transformação. Ser prefeita é, de certa forma, como ser médica: ambas as funções exigem cuidado, estratégia e um olhar apurado para salvar situações críticas. Contudo, a Eunápolis que Cordélia deixa ao fim de seu mandato nos faz questionar se a população se sente “curada” ou ainda enfrenta as “sequelas” de uma gestão que não soube tratar suas prioridades.
A transição da política para a medicina será, talvez, sua maior prova de fogo. Para quem espera dela um desempenho diferente no futuro, fica a esperança de que os erros do passado sejam lições que moldem uma futura médica mais empática, dedicada e comprometida. Afinal, a saúde, seja na política ou na medicina, não pode ser tratada com negligência.