
A inflação na Região Metropolitana de Salvador (RMS) registrou uma desaceleração em janeiro de 2025, atingindo 0,38% , segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior ao de dezembro de 2024, quando a taxa foi de 0,89% , mas ainda mantém Salvador entre as cidades com maior inflação no Brasil, ocupando a 4ª posição no ranking nacional. O índice local também ficou acima da média nacional de 0,16% .
Apesar da desaceleração, a inflação acumulada nos últimos 12 meses no RMS atingiu 4,93% , superando a média nacional de 4,56% e sendo a 3ª mais alta do país, atrás apenas de São Luís (5,31%) e Belo Horizonte (5,26%) .
Alimentação e transportes puxam inflação em Salvador
Entre os 9 grupos de produtos e serviços desenvolvidos, 5 registraram aumento de preços , com destaque para:
- Alimentação e bebidas (+1,81%) – Principal responsável pelo aumento do IPCA na RMS, puxado por legumes como tomate (+39,65%), cebola (+30,42%) e cenoura (+60,55%).
- Transportes (+1,22%) – Impulsionado pelo aumento das passagens de ônibus urbanos (+6,00%), reflexo do reajuste tarifário de 7,69% no início de janeiro, e pelas passagens aéreas (+10,63%).
Por outro lado, 4 grupos tiveram queda de preços , com destaque para:
- Habitação (-3,41%) – Maior redução mensal de preços em 30 anos , impulsionada pela queda da energia elétrica residencial (-13,02%), devido ao Bônus de Itaipu .
- Vestuário (-0,40%) – Influenciado pela redução dos preços da roupa infantil (-1,69%).
INPC de Salvador é o mais alto do país
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor ( INPC ), que mede a inflação para famílias de baixa renda, ficou em 0,47% na RMS, sendo o maior do Brasil em janeiro. O índice teve desaceleração em relação a dezembro de 2024 (0,84%), mas foi superior à média nacional de 0,00% .
Nos últimos 12 meses , o INPC acumulado na RMS foi de 4,70% , o 3º maior do país , ficando atrás de São Luís (5,07%) e Belo Horizonte (4,91%) .
A inflação ainda preocupa a capital baiana, principalmente para os consumidores de baixa renda, que sentem diretamente os aumentos no custo dos alimentos e transportes. No entanto, a queda nos preços da energia elétrica ajudou a conter um avanço ainda maior do índice.