A inflação oficial da Região Metropolitana de Salvador (RMS) desacelerou em novembro de 2024, com o IPCA registrando alta de apenas 0,28%. Este índice, calculado pelo IBGE, foi menor do que o de outubro (0,48%) e também ficou abaixo da média nacional (0,39%). O resultado coloca Salvador entre as regiões com menor inflação no país no mês.
Principais influências no índice
- Alimentos em alta: O grupo de alimentação e bebidas subiu 1,50%, sendo o maior responsável pela inflação no mês. Destaque para o aumento no preço das carnes, com variação média de 9,67%, a maior em quase cinco anos. Itens como costela (+14,17%) e alcatra (+10,53%) exercem forte pressão.
- Queda na energia elétrica: Por outro lado, a energia elétrica residencial caiu 6,22%, contribuindo para a deflação no grupo de habitação (-1,38%), o que ajudou a conter o aumento geral dos preços.
Comparativo regional e nacional
Enquanto Salvador apresentou um IPCA de 0,28%, cidades como Rio Branco/AC lideraram com 0,92%. A Grande Vitória/ES (0,16%) e Porto Alegre/RS (0,03%) registraram os índices menores.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada no RMS foi de 4,62%, abaixo da média nacional (4,87%), mas ligeiramente superior ao índice local registrado em 2023 (4,01%).
O impacto no cotidiano
Embora a desaceleração da inflação seja uma boa notícia, o aumento nos preços de itens básicos, como carnes, afeta diretamente o orçamento familiar. No entanto, a queda na energia eléctrica trouxe algum problema, especialmente para as famílias de menor renda, conforme aponta o INPC (0,30% em novembro).
Perspectivas
A inflação acumulada no RMS até novembro (3,75%) permanece abaixo da média nacional (4,29%), diminuindo um controle relativo dos preços na região. No entanto, é essencial acompanhar as tendências dos alimentos e da energia elétrica, que têm grande peso no custo de vida. Informações Seção de Disseminação de Informações do IBGE na Bahia (SDI-BA)