O ministro das Cidades, Jader Filho, revelou nesta quarta-feira (23) os detalhes da nova faixa do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) voltada à classe média. A entrevista aconteceu no programa “Bom Dia, Ministro”, transmitido ao vivo para rádios e plataformas digitais de todo o país.
O que muda com a nova faixa do programa?
Com a aprovação recente pelo Conselho Curador do FGTS, a nova etapa do programa passa a incluir famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Essa faixa garante acesso facilitado ao crédito habitacional, com condições mais vantajosas do que as praticadas pelo mercado:
- Juros nominais de 10% ao ano;
- Prazo de pagamento de até 420 meses;
- Aquisição de imóveis de até R$ 500 mil.
Segundo Jader Filho, a medida tem potencial para beneficiar até 120 mil famílias em 2025, promovendo acesso à moradia de qualidade para um público historicamente desassistido pelas políticas habitacionais públicas.
Avanços na habitação desde a retomada do programa
Reativado em 2023, o Minha Casa, Minha Vida já contratou 1,4 milhão de unidades habitacionais em 2.948 municípios. Destas, 1,2 milhão foram financiadas e outras 205 mil subsidiadas. A localização dos empreendimentos também passou por reformulação, priorizando áreas próximas ao comércio, serviços públicos e transporte urbano.
Outros destaques da entrevista
Além do foco na classe média, Jader também tratou de outras frentes da pasta:
- Fundo de Arrendamento Residencial (FAR): previsão de 110 mil unidades financiadas até maio de 2025, incluindo investimentos em infraestrutura educacional e de saúde nos empreendimentos.
- Prevenção de desastres: R$ 24,3 bilhões destinados a obras de drenagem e contenção de encostas, com destaque para os R$ 6,5 bilhões destinados ao Rio Grande do Sul.
- Regularização fundiária: 213 contratos firmados desde 2023, garantindo segurança jurídica e valorização de imóveis a milhares de famílias.
- Mobilidade urbana: investimentos de R$ 9,9 bilhões no transporte público, com projetos de BRTs, VLTs, metrôs e infraestrutura cicloviária.
Minha visão sobre a nova fase
Com esse novo olhar para a classe média, o governo amplia a abrangência do Minha Casa, Minha Vida sem perder o foco social. A democratização do crédito imobiliário é uma resposta concreta às necessidades de um grupo que, embora não esteja em situação de vulnerabilidade, também enfrenta dificuldades para financiar a casa própria em um mercado cada vez mais inacessível. Ao mesmo tempo, os investimentos em mobilidade e regularização fundiária mostram que habitação vai muito além de construir casas: trata-se de garantir cidades mais inclusivas, acessíveis e seguras para todos.