A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos gerou uma série de reações de líderes globais, refletindo as expectativas, apreensões e possíveis mudanças nas relações internacionais a partir de sua volta à Casa Branca.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, foi um dos primeiros a se manifestar, expressando apoio entusiástico ao ex-presidente. “A caminho de uma vitória maravilhosa”, escreveu Órban nas redes sociais ainda durante a contagem de votos. Mais tarde, comemorando a vitória, ele afirmou que se tratava do “maior regresso da história política dos Estados Unidos” e parabenizou Trump por uma “enorme vitória” que considera ser “muito necessária para o mundo”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também expressou sua aprovação, saudando a vitória de Trump como “o maior regresso da história”, destacando o compromisso renovado com a aliança entre os EUA e Israel. Os ministros de extrema-direita de Israel, como Israel Katz e Itamar Ben-Gvir, celebraram a eleição, enfatizando o fortalecimento da parceria entre os dois países e a luta contra o Irã, considerado um “eixo do mal”.
No entanto, o Hamas reagiu com uma postura crítica, considerando a vitória de Trump como um desafio para os palestinos. Bassem Naïm, membro do Hamas, afirmou que o apoio dos EUA a Israel não deveria ser incondicional e acusou Trump de continuar uma política prejudicial ao futuro dos palestinos.
Reações de Países Chave
O governo iraniano manteve uma posição indiferente à vitória de Trump, alegando que as relações entre os dois países dificilmente mudariam. Fatemeh Mohajerani, porta-voz do governo iraniano, afirmou que o Irã já estava acostumado com sanções dos EUA, independentemente de quem estivesse na Casa Branca.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também parabenizou Trump, destacando sua abordagem pragmática de “paz pela força” e expressando o desejo de uma forte parceria entre os EUA e a Ucrânia.
Por outro lado, a Rússia se mostrou mais cautelosa. O Kremlin, representado pelo porta-voz Dmitri Peskov, disse que o presidente russo Vladimir Putin não tinha planos de parabenizar Trump, citando o contexto de relações tensas, especialmente devido à guerra na Ucrânia. A Rússia, segundo Peskov, avaliaria as ações de Trump apenas após sua posse.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, parabenizou Trump como “amigo” e expressou sua esperança de que as relações entre Turquia e EUA se fortalecessem. Erdogan também fez menção de questões globais, como o conflito Rússia-Ucrânia e a situação palestina, sugerindo um novo esforço para alcançar um mundo mais justo sob a liderança de Trump.
Reações na Europa
Líderes europeus também reagiram com diferentes níveis de entusiasmo à vitória de Trump. O presidente francês, Emmanuel Macron, disse estar “pronto para trabalhar juntos” com Trump, destacando a necessidade de continuar as relações transatlânticas com “respeito e ambição”. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, parabenizou Trump pela “vitória histórica”, destacando o trabalho conjunto com os EUA em defesa dos valores comuns.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, enfatizou os laços estratégicos e históricos entre os EUA e a Itália, prevendo um fortalecimento da aliança. O chanceler alemão, Olaf Scholz, também parabenizou Trump, destacando a continuidade do trabalho conjunto entre as duas nações para promover prosperidade e liberdade.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, e sua sucessora, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, ambos felicitaram Trump, destacando a importância da aliança transatlântica para a segurança e estabilidade global.
Desafios e Expectativas
À medida que a vitória de Trump nas eleições se confirma, o cenário internacional se prepara para novas dinâmicas. Enquanto alguns líderes, como Netanyahu e Erdogan, celebram uma mudança que pode reforçar suas relações com os EUA, outros, como o Hamas e o governo iraniano, alertam para os desafios que uma nova presidência de Trump pode trazer para as questões no Oriente Médio e em outras regiões.
Na Europa, as reações, embora geralmente respeitosas, indicam uma expectativa de continuidade, mas também de desafios em um mundo global cada vez mais instável. A partir de janeiro, quando Trump tomar posse, o impacto de suas políticas será monitorado com atenção por aliados e adversários ao redor do mundo.